CONSAGRANDO CASAS E FAMÍLIAS, O







MOVIMENTO DOS SAGRADOS CORAÇÕES

 

Tem como objetivo fazer das casas oratórios vivos e lugares de intercessão, consagrando as famílias e as casas 

para a pertença e presença de Deus, resgatando e aconselhando as almas a endireitar os caminhos que seguem.

Movimento dos Sagrados Corações de Jesus e de Maria

MSCJM

O Movimento dos Sagrados Corações de Jesus e de Maria (MSCJM) é um movimento leigo pertencente à Comunidade Servos de Maria do Coração de Jesus e tem como finalidade a ação evangelizadora a partir das famílias, mediante a devoção aos Sagrados Corações de Jesus e Maria a oração do Terço e a meditação do Evangelho, para que este se torne de verdade, a norma suprema de vida, transformando o dia-a-dia das famílias numa verdadeira missão.
Para este fim principal o MSCJM propõe os seguintes objetivos específicos:

1. Promover a oração pessoal, a interiorização da Palavra de Deus, especialmente dos Evangelhos e a consagração para alcançar a intimidade com Jesus por meio da Virgem Maria e a transformação do coração.


2. Incentivar a oração comunitária favorecendo a participação ativa e consciente à liturgia, que, na S. Missa tem sua fonte e seu cume; promover a adoração Eucarística; restabelecer o estado de Graça nos corações preparando para o sacramento da Confissão.


3. Promover a comunhão fraterna para a vivência sincera da doação de si; para o cultivo da verdadeira amizade, do perdão e da reconciliação com todos; para alcançar metas comuns para o bem de todos e assim, as pessoas do mundo, possam crer com mais facilidade no amor de Deus e na possibilidade da vida no seu pleno sentido e na paz infinita que todos esperam. A unidade deve começar nas famílias fundadas no Matrimônio, no amor verdadeiro de Cristo, que é fidelidade na unidade indissolúvel.


4. Promover a solidariedade mediante gestos concretos de caridade e um compromisso constante para com os irmãos que sofrem, com mutirões, coletas de alimentos ou vestuário, sopão, visita aos hospitais, serviço nas casas de pessoas sozinhas e abandonadas inspirando-nos nas Palavras de Jesus “Tudo o que fizerdes a um dos menores dos meus irmãos é a mim que o fazem. Tive fome e me deste de comer; tive sede e me deste de beber; era peregrino e me acolhestes; era nu e me vestisse; enfermo e me visitastes; estava na prisão e viestes a mim” (Mt 25,35-40).


5. Acompanhar e aprofundar a Fé dos que já foram evangelizados para que perseverem e cada um descubra e abrace o plano de Deus para sua vida.

A Comunidade é o lugar onde tudo é em comum e todos partilham a própria vida com os demais irmãos, superando todo fechamento, toda indiferença, tornando-se, assim, um belo exemplo que todos podem apreciar dizendo: 

“Olha como se amam!”. 

A admiração pelo comprometimento dos que vivem em comunidade faz brotar também nas pessoas de fora, um desejo de um engajamento, de uma participação da mesma comunhão, que gera tantos bons frutos.Daí nasce o Movimento que é o envolvimento com a Comunidade, dos irmãos que vivem nas suas casas, os quais, consagram suas casas e suas famílias aos Corações de Jesus e Maria, entronizando-os nelas, comprometendo-se a fazer cada vez mais da sua casa, uma “casa de oração e de fé”, e a ajudar outras famílias vizinhas criando com elas, laços de amizade e solidariedade no Senhor. O Movimento é uma extensão da Comunidade nas famílias e entre as famílias.

O Movimento é uma mobilização, no Espírito Santo, de uma porção escolhida do povo de Deus, ligada á Comunidade para reanimar a fé, reacender o verdadeiro amor de Deus nos corações, a pôr uma barreira ao mal, á degradação da pessoa humana e da convivência fraterna e da família. Quem adere a um movimento está consciente da situação séria de hoje e, atento aos sinais dos tempos, se disponibiliza para as necessidades da missão.

Portanto, faz-se necessário que quem pertence ao movimento, continue a missão começada pelos membros de vida, fazendo visitas as casas e as famílias, rezando com elas e as consagrando, junto com seu lar, aos Sagrados Corações de Jesus e de Maria! 

A Estampa dos Sagrados Corações

Sendo o sacramental de integração com este movimento, a estampa é normalmente distribuída na ação missionária da Comunidade de Vida e também no Santuário dos Sagrados Corações de Jesus e Maria, situado na Casa Mãe da Comunidade. A partir deste momento, estendem-se os laços espirituais através da consagração da casa e da família, tornando-os num santuário vivo para pertencerem mais a Jesus e estarem na sua presença.

Movimento Sagrados Corações
O Santuário é um lugar onde são oferecidos aos fiéis meios de salvação mais abundantes; onde é anunciada com diligência a Palavra de Deus; é incentivada adequadamente a vida litúrgica, principalmente com a Eucaristia e a celebração do sacramento da Confissão, cultivando as formas aprovadas de devoção popular (Código de Direito Canônico).

O Santuário é também um edifício espiritual, ou seja, uma união concorde de pessoas, que buscam uma maior intimidade com Deus e que querem anunciar com mais zelo o Evangelho, para que todos possam viver uma vida em plenitude.

A união dos fiéis no mesmo movimento, cria uma comunhão de bens espirituais que aumenta consideravelmente a eficácia da Graça em cada um dos participantes e torna mais forte a ação evangelizadora.

Estrutura e Funcionamento do MCSJM

  A divulgação e a implantação do Movimento dos Sagrados Corações de Jesus e Maria, como todas as atividades missionárias da CSMCJ devem iniciar, antes de mais nada, com o envio da parte da Comunidade e com o conhecimento e a permissão do pároco e pode acontecer de várias formas:

1.    Espontaneamente, com uma visita ao Santuário, através de encontros ou celebrações lá promovidas pela Comunidade, através de algum membro da Comunidade etc.

2.    Através das missões feitas pela Comunidade. No final de cada missão, após a animação do povo, os encontros, as celebrações, as visitas às famílias, às escolas, aos hospitais e em todos os lugares públicos onde os missionários têm acesso, sempre é feito, pelos mesmos missionários, o chamado para todos os que, voluntariamente, se sentem impulsionados a aderir ao Movimento.  

3.    Através do próprio Movimento com as suas atividades específicas, sobretudo as visitas nas casas.

Metas Espirituais e Práticas

  • Rezar as orações da Comunidade e o Terço diário na sua própria casa, lendo também e meditando o Evangelho do dia.
  • Fazer possivelmente uma hora de adoração por semana ou, se não for possível, uma hora de adoração da Cruz em casa. 
    Visitar outras famílias para implantar o Terço e a Consagração.
  • Participar do encontro mensal com todos os membros do movimento da sua cidade, bairro ou povoado.
  • Visitar doentes, idosos, necessitados.
  • Apoiar a Missão volante da Comunidade quando chegar na sua cidade.
  • Participar dos retiros da Comunidade.

Primeiro passo: a visitação

A visitação deve ser feita possivelmente de dois em dois, como fazia Jesus, ao enviar os seus discípulos na sua frente. Os missionários que visitam as casas devem lembrar os seguintes pontos:

1.    Lembrar da força do envio missionário recebido recordando as palavras e os sentimentos de Jesus quando via as multidões cansadas e sem rumo (cf. Mt 9, 36), ou quando enviou os seus discípulos no mundo para evangelizar: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura!” (cf. Mc 16,15). Deixar ecoar no coração as palavras que Deus dirigiu ao profeta Isaías: “consolai, consolai o meu povo” (cf. Is 40,1-2).

2.    Crer que todos, mesmo os que não o demonstram, precisam de paz, de amor, de luz, de uma palavra amiga, de um conselho, de consolo enfim todos precisam de Jesus.

3.    Lembrar que é o Espírito Santo com a sua Graça que toca os corações e os abre ao amor.

4.    Lembrar que é o Espírito Santo que doa aos missionários coordenadores seus dons e carismas. Não esquecer, sobretudo que o Espírito Santo quer se servir de cada um e que Ele age mais através dos nossos limites, quando aceitos com humildade, que pelas nossas capacidades, onde pode se infiltrar a vaidade. È na limitação e na fraqueza, ou seja, na humildade, que age à força de Cristo; por isso São Paulo se alegrava nas contrariedades dizendo “quando sou fraco é que sou forte” (2Cor 12,10). É pela sabedoria da Cruz que atua a Graça para a salvação das almas.

5.    Vencer os medos e o respeito humano (vergonha), ter um bom comportamento, ser simples e educado e, sobretudo estar em estado de Graça com a Confissão regular e freqüente. Ser missionário é ser canal da água viva da Graça de Deus para os irmãos. Se o canal é sujo ou entupido, os irmãos vão receber pouca água e ainda suja e ficam confusos, sem ter a força de mudar a sua vida.

6.    Ao chegar a uma casa, apresentar-se dizendo o próprio nome e o porquê da visita.

7.    Ao entrar na casa criar um clima de amizade falando um pouco do próprio testemunho, da Comunidade, da atividade do Movimento.

8.    Interessar-se pela vida daquela família, dos seus sofrimentos, dificuldade, alegrias. Se a família não é praticante mostrar mais compreensão; se for praticante estimular à oração e também à missão.

9.    Perguntar se os presentes aceitam fazer uma oração junta pelas suas intenções, que poderão ser colocadas abertamente. Explicar, de forma simples, que sempre o Senhor atende a nossa oração, mesmo que às vezes não vejamos logo se realizar quanto esperávamos obter. Lembrar que a Graça de Deus normalmente age a partir do coração, na medida da sua abertura e depois atinge a mente e também o corpo, curando-o e aliviando-o. Se um dos missionários falou, o outro guiará a oração. Tenha fé na oração, lembrando quando Jesus falou no Evangelho: “Tende fé em Deus. Em verdade vos declaro: todo o que disser a este monte: levanta-te e lança-te ao mar, se não duvidar no seu coração, mas acreditar que sucederá tudo o que disser, obterá esse milagre. Por isso vos digo: tudo o que pedirdes na oração, crede que o tendes recebido e ser-vos-á dado” (Mc 11,23-24).

10.    Ler, após a oração, se o tempo o permitir, um trecho do Evangelho, escolhido previamente, ou tirado na hora e dar uma breve explicação para confortar e esclarecer a fé daquelas pessoas.

11.    Rezar juntos, de mãos dadas, um Pai Nosso e uma Ave Maria.

12.    Pedir a bênção daquela casa e da família.

13.    Não deixar de dar um toque sobre o valor do Terço, da Santa Missa, da Confissão e da leitura da Palavra de Deus.

14.    Evitar discussões doutrinárias, levar a paz e não se incomodar com eventuais críticas, desabafos ou até mesmo zombarias ou ultrajes. O objetivo das visitas é favorecer o encontro com a pessoa de Jesus de forma simples e amigável. Como Ele mesmo recomendava aos seus discípulos, proibindo-lhes que falassem que Ele era o Messias e ordenando-lhes que falassem de paz e que oferecessem a sua paz. Se não se consegue evitar discussões e não se têm respostas claras, falar com o próprio testemunho de vida e a própria experiência pessoal e aconselhar aquelas pessoas, a procurar um bom sacerdote conhecido para esclarecimentos maiores. Em uma segunda visita poderão oferecer respostas melhores consultando o “Compêndio do Catecismo da Igreja Católica”, que todo missionário deveria adquirir, onde se encontram as respostas para todas as questões.

Segundo passo: O encontro de oração

 

O encontro de oração é presidido pelo coordenador ou vice-coordenador ou por quem for designado por eles. Possivelmente participem, indo até a casa onde foi marcado o encontro, todas as famílias já visitadas e os vizinhos que forem convidados.

1.    Depois da saudação e acolhimento mútuo inicia-se o encontro com sinal da Cruz. Em seguida se colocam as intenções para aquela reunião de oração. Primeiro as intenções fixas: Pela a Igreja, o Papa, os sacerdotes, a Comunidade Servos de Maria do Coração de Jesus, Paizinho e Mãezinha, a própria paróquia, as vocações, a providência, os benfeitores, as intenções especiais da família visitada, suas necessidades, seus defuntos e demais intenções dos participantes do encontro de oração.


2.    Invoca-se o Espírito Santo e inicia o terço contemplando os mistérios com pequenos comentários ou trechos da Palavra de Deus e intercalando-os com cantos, como nos ensinou o santo Papa João Paulo II, na sua carta apostólica sobre o santo Rosário. 


3.    Depois do Terço se lê o Evangelho do dia e o coordenador faz uma breve explicação, ou se faz diretamente a partilha segundo quanto cada um entendeu ou sentiu. O coordenador responsável conclui com uma palavra que resuma aquilo que foi partilhado, tirando os ensinamentos úteis para todos. Este momento se estenderá por 15 a 20 minutos, mas se a partilha for proveitosa, é possível prolongar com liberdade este momento.


4.    Depois da partilha da Palavra se faz a consagração aos Sagrados Corações de Jesus e Maria seguindo a fórmula própria da nossa Comunidade.


5.    Se houver algum testemunho de graças recebidas através da oração nas famílias, pode ser apresentado. Se houverem dúvidas, na medida do possível, poderão ser tiradas pelos coordenadores. 


6.    Finalmente se conclui com os avisos e a invocação da bênção do Senhor sobre todos. Depois pode haver um lanchezinho simples.

Terceiro passo: A preparação para a entronização dos Sagrados Corações de Jesus e Maria

A família, que desejar a entronização dos Sagrados Corações de Jesus e Maria, deverá ter pelo menos três encontros de oração do Movimento na sua casa, para um conhecimento mútuo e para ter uma preparação que será feita por um consagrado da Comunidade ou por um coordenador do Movimento autorizado pela Comunidade, sobre os seguintes pontos:

1.    A importância da família no plano de Deus.
2.    A importância da oração, da leitura da Palavra de Deus, do Terço, da Confissão, da Santa Missa, especialmente no Domingo, da adoração eucarística e da consagração a Jesus pelas mãos da Nossa Mãe conforme o “Tratado da verdadeira devoção” de São Luís M. Grignion de Montfort e a mensagem de Fátima.
3.    A importância da entronização dos Sagrados Corações e da consagração a eles de toda a família.
4.    Esclarecer quais são os compromissos para pertencer ao MCSJM e para que a entronização e a consagração sejam realmente frutuosas.

Terminados os três encontros, a família preparará em casa, um lugar visível e espaçoso onde será colocado o quadro dos Sagrados Corações. Se quiser uma preparação mais profunda, a família fará uma novena em preparação à entronização, durante a qual, poderá escolher um sacrifício para oferecer a Deus e também fazer uma boa Confissão. 

Quarto passo: A entronização dos Sagrados corações e a consagração das famílias

No dia marcado se reunirá à família e também os vizinhos que já participaram dos encontros de oração. 

1.    A cerimônia inicia com a bênção do quadro dos Sagrados Corações.

2.    Em seguida, após uma breve oração de libertação da casa, com cânticos apropriados, se entra na casa, aspergido com água benta todos os seus locais e levando o quadro dos Sagrados Corações.


3.    Terminada a bênção da casa, se entroniza, no lugar preparado, o quadro dos Sagrados Corações.


4.    Inicia-se a recitação do Terço com relativas intenções, como nos encontros de oração.


5.    Após o Terço, se faz à leitura de um trecho do Evangelho com um breve comentário – sugere-se a entrada de Jesus na casa de Zaqueu, a visita de Maria a sua prima Isabel, ou a entrada da Jesus em Jerusalém, ou outros textos apropriados.


6.    Logo em seguida se faz a invocação do Espírito Santo sobre os membros da família presentes para que possam entregar-se com confiança aos Corações de Jesus e Maria.


7.    Depois disso, cada membro da família presente, recitando a formula de consagração, entrega-se a si mesmo e à família aos Corações de Jesus e Maria.


8.    Terminada a consagração, terá a bênção especial para a família e para todos os presentes.


9.    Em fim haverá o abraço da paz e a eventual confraternização.